segunda-feira, 5 de novembro de 2012

A cidade cresce e tudo cada vez menor.



Tudo que vivemos hoje, seja pequeno, um detalhe. No futuro se tornará uma breve lembrança e intensa saudade. De tal dia, daquelas pessoas, dos lugares, e as músicas.

Creio que a ferramenta que nos conforta é a música. Podemos esquecer pessoas, mas jamais as músicas.


E a saudade não vem apenas dos momentos bons...

O voltar para o mesmo lugar e sempre parecer diferente.
 Caminhar pelas mesmas ruas e ver que tudo que de um ano para o outro mudou.
 As pessoas, as músicas e principalmente os sentimentos.
Não sei quantas vezes já vim a este lugar.
Aqui as coisas acontecem!
Os amores, as melhores histórias com os amigos.
Os piores porres, as melhores festas.
Aquelas pessoas que ali, foram apresentadas e jamais as veremos.

O melhor e o pior momento da tua vida trilhado pela mesma estrada!

Texto com poucas palavras, mas cheio de recordações, sentimentos e principalmente SAUDADE!

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Alguém aceita o meu panfletinho?


Não sei se eu não me contento com mesmices e estou errada. Ou são os outros que estão certos.
Impossível não comentar sobre a temporada de politicagem que reina por todos os lados. 
Por que vocês são assim? 
Tem sido um saco sair na nossa cidade nas últimas semanas. Saímos pra trabalhar nos deparamos com as placas nas casas e passamos pelos caminhões com as músicas ensurdecendo nossos ouvidos. E nas sedes partidárias, pessoas enroladas em bandeiras.  Alguém aceita o meu panfletinho?

Não há coisa mais engraçada que um candidato buscando eleitores, votos.  É como um jogo. Começa com o olhar. Se retribuirmos, ele cumprimenta.  Se expressarmos com a face meio sorriso, pronto... Tudo são abraços, beijos e conversas. Sabem até teu nome!
Daí eu passo por anti-social por não cumprimentar pessoas que não são meus conhecidos e que na minha vida nunca passei na rua me rindo para elas.
Também me divertem os bajuladores, os ”Puxa saco” (...)

Mas voltando para o assunto, mesmices. Eu também reparo nos comícios e conversas, as mesmas palavras. Nem falo das promessas, mas sim das citações.
 “Meu povo...”, “Meus amigos...”, “Eu fiz...”, “Eu prometo...” e a clássica “Rumo à vitória...”.
Poxa, dá pra trocar o disco? 

Uma vez escutei:
 “- Eles passam horas falando do que fizeram, mas nunca do que não fizeram. E o pior vangloriar-se de suas ações. Nada mais que obrigação, não? Ou os colocamos lá para bonito?”

Minha observação é pelas coisas que vejo, jamais farei uma critica para com a aquilo que eu não entendo, e tampouco tenho interesse em saber.
Só peço que os candidatos trabalhem com lealdade e respeito para com a população Jaguarense.

domingo, 12 de agosto de 2012

Criança Inocente


Recordo-me quando olhava futebol, pensava que se um time estava com a pose de bola, ele apenas poderia largar a bola quando chegasse ao gol. Se errasse, passava a bola pro time adversário que fazia o da mesma forma. Criança inocente!
 Também pensava que quando um jogador vibrava por um gol e beijava a camisa ele estava feliz de verdade.
Lembro que sempre quando chegava o inverno minha avó paterna, por ser costureira sempre me mandava escolher uma cor para os blusões e as mantas.  Sempre escolhia azul. Minhas amigas vestiam rosa, vermelho, branco. E eu sempre com as mesmas cores. Azul claro, azul escuro, azul com branco. Azul com preto.
Certamente não simpatizei com o Grêmio, pelo futebol, por que fui conhecê-lo só em 2005. Mas sim pela cor. Que pelo que diz minha mãe quando pequena sempre preferi o azul que o rosa.
Quem diria que um clube que em todos os domingos seus jogos eram transmitidos, e por não entender eu trocava de canal, fosse ser agora um vício, um fanatismo, uma paixão.
Aprendi a gostar de futebol com uma amiga. Mas aprendi a ARGUMENTAR sobre futebol com um colorado.
 Cunhado emprestado. Que Por saber da minha escolha futebolística e pela rivalidade, fazia piadas, e quando o time perdia aparecia com o “Diploma do sofredor”. E eu por gostar de ler, comecei a entrar em sites, ler jornais, para preparar-me para quando ele estaria eu “afiada” para as suas provocações.
Dezembro de 2006, data na qual descobri que tudo ia além das piadas pela rivalidade, de assistir os jogos e vestir a camisa. Em uma viagem com a escola fomos até o Estádio Olímpico Monumental. Quando entrei por aqueles portões e vi aquele maravilhoso estádio não contive as lágrimas.
Isso se repetiu um pouco mais tarde quando voltei para finalmente assistir a uma partida. Na qual não prestei atenção no jogo e nem vi fazerem gol, por que passei  os 90 minutos olhando deslumbrada para a Geral do Grêmio.

Pensei neste blog não falar sobre futebol (Grêmio), mas como já citei a cima, é algo que faz parte da minha vida há 6 anos. Respiro e transpiro este gremismo.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Para que se preocupar?


Que faculdade faço? Que roupa visto? Vou ao Show tão sonhado? Pra qual partido voto? Que cor pinto minhas unhas? Cabelo crespo ou liso? Afinal, quem se importa?

Quem nunca sentou no banco da praça e se viu reparando cada indivíduo que ali passava. Seja pelo estilo, pelo modo de caminhar, ou querer saber o que passa na cabeça de cada um. Somos todos tão diferentes e ao mesmo tempo tão iguais. As perguntas, as manias, as teorias de vida e os modos de agir.

Nos momentos que penso na vida, lembro o trecho da música do Cidadão Quem.
                             “Se alguém encontrou um sentido para a vida, chorou.”
Felizes de nós que choramos, sentimos dores e morremos de saudade. Estes sentimentos não é nada mais que o resgate daquilo que um dia nos fez bem, ou mal. Por que simplesmente estamos vivos. E tudo isso é mágico.

Creio que o dom mais divino que recebemos é o dom da fala. Ele tanto pode fazer o bem como fazer o mal, faz desabafar os sentimentos, dá conforto e principalmente faz caridade.
Amo a nostalgia e a saudade, por que me faz recordar que vivi dias maravilhosos, tanto de alegrias e tristezas, conversas e brigas, ao lado de pessoas especiais e ter a certeza de que tudo valeu à pena. Por que nada é em vão!

Também adoro ouvir um NÃO, nada que é fácil de conseguir é prazeroso. Pois tudo que acontece de bom e principalmente de ruim diante a nós é um aprendizado, mas antes precisamos ter o conhecimento e sabedoria de como agir diante as barreiras que a vida coloca no caminho. Pois que adianta saber a tantas teorias se não as praticarmos!

Vamos deixar de lado, as normas da sociedade, de como vestir-se e  comportar-se. Precisamos “extrapolar”, fazer nossas vontades, voltar à infância, a adolescência. Preocuparmo-nos menos com as regras. Esquecer os horários, dançar esquisito, gritar no meio da rua. Rir até chorar. Beber até cair. Deixar o carro na garagem e aproveitar um dia lindo de sol.
Coisas simples, que esquecemos pela forma que levamos a vida. Casa, trabalho, estudos, filhos. Há que se arriscar. Não temos tempo a perder.

“Nunca tive medo de me mostrar. Você pode ficar escondido em casa, protegido pelas paredes. Mas você está vivo, e essa vida é pra se mostrar. Esse é o meu espetáculo. Só quem se mostra se encontra. Por mais que se perca no caminho.” Cazuza

segunda-feira, 23 de julho de 2012


Sou péssima em títulos e conclusões para textos. Tanto que estava desde o começo do ano montando o blog, com vários textos escritos, mas sem o bendito nome, o título. Ainda tenho uma folha com inúmeros exemplos de conclusões, recebida ainda enquanto cursava o ensino médio, ano passado. Decorei-a, mas ainda sim se torna difícil concluir algo.
Nunca escrevi prevendo o assunto, muito menos pesquisando sobre. Talvez erro meu. Mas tudo que pretendo publicar neste blog será por que em algum momento a lâmpada da imaginação acendeu e deu luz a amontoados de idéias e bobagens.
“Coisas que caem do céu, sem mais nem porquê”
Principalmente na escola, sempre criava resposta mirabolantes nas provas de história e fazia boas redações. Já em cálculos, apenas me perguntem até a tabuada do 5. Mas em ortografia não me passa nada.
As palavras sempre me foram mais simples no papel do que ao serem pronunciadas. Em explicações, conversas com desconhecidos e apresentações sou péssima, talvez pelo nervosismo ou timidez. Também pelo fato de quando estou muito nervosa e ansiosa minha voz treme e começo a gaguejar (herança de família). Por isso as palavras escritas são meu alicerce.
Voltando ao assunto título e conclusões, o que me fez escolher o nome BOAS NOVAS, não é apenas pela música do Cazuza, mesmo tendo haver muito comigo, é além da letra. O dia-a-dia,  as idéias que vêem a cabeça dentro no ônibus, antes de dormir, trabalhando, vindo pra casa escutando música, e como agora na fila do banco. Sou a senha 103.
O texto anterior que foi publicado no jornal e o primeiro postado no blog fez surgir vários comentários, de amigos, familiares e de algumas pessoas no supermercado. Mas sinceramente não levo em consideração os comentários positivos, acho sempre que esta ruim, que preciso ler mais para escrever melhor e que só querem me agradar. Este texto mesmo só tem idiotices. Por isso coloquei no facebook quando divulguei a nova postagem. SE TIVER TEMPO E PACIÊNCIA...


Sou amadora ainda, mas cheias de idéias para mudar o mundo! :)


quarta-feira, 18 de julho de 2012


Segunda-feira. Duas horas da tarde. O ar-condicionado do ônibus incomodava tanto quanto o estômago que já previa a breve viagem de duas horas e meia de estrada. Enquanto digeria os comprimidos para evitar as dores e enjôos, avistei uma cena que viria ficar no meu pensamento por toda a viagem.Já deveria fazer 10 minutos que os passageiros olhavam em direção e comentavam sobre o acontecido. Eu na volta dos comprimidos depois de um tempo fui perceber.
Havia uma menina dentro do ônibus ao lado. A emoção que transparecia dela estava adentrando a todos os nossos corações, sem ela ao menos suspeitar que estivesse sendo vista.
Com a cabeça apoiada ao vidro, às mãos no cabelo e as lágrimas que caiam do rosto, ela dava adeus ao namorado.
Ele debaixo da janela, no lado de fora,  tentava acalmar-la. Mandando beijos, desejos de uma boa viagem e por vezes as mesmas mãos que limpavam as lágrimas, faziam sinais para que ela o ligasse na sua tão dolorosa e triste chegada a cidade natal.O ônibus estava ao lado, a uns 5 metros de distancia. Mas a emoção que todos ali sentiam, pareciam estarem em seus lugares.
Talvez os passageiros que ali avistavam, já tivessem vivido uma situação parecida. 
Tanto no papel da menina que deixava o seu amor por questões de trabalho ou estudo. Ou dele que via a mulher de sua vida ir para longe. Poderiam também estar emocionados aqueles que não viveram esta situação, mas que conseguiram captar o espírito que os envolvia de amor.
Quando finalmente o meu ônibus partiu, o dela estava na estrada  por alguns minutos. Mas o menino ainda estava ali, perdido, recompondo-se, estufava o peito como sinal de coragem, e garra. Aos poucos ia caindo em si e adentrava ao táxi.
A reflexão que se ouvia dos demais passageiros era:
- São novos, logo isso passa. Terão muito que sofrer e chorar nesta vida.
Minha única reflexão diante o acontecido e os comentários, não era por imaturidade.
Poderiam ser novos. Poderia ser a primeira despedida, ou estarem acostumados a saudade.
Mas penso, por que de tudo isso?
Lembrei de um trecho da música pais e filhos que diz:
 “É preciso amar, as pessoas como se não houvesse amanhã”
Eles poderiam sim ter o amanhã, mas seria o mais feliz?
Nenhum SMS, webcam, declarações por email, nem ligações por celular preenche o vazio de não poder passear de mãos dadas, dos abraços e carinhos.
A saudade naquele momento ia corrompê-los, ia deixar-los sem dormir a noite, muitas lágrimas iriam cair e apenas eles, só eles saberiam do que estavam sentindo.
 
Gostaria que os passageiros que estavam no meu ônibus fossem casais.
Não simplesmente casais. Mas aqueles que principalmente tivessem filhos.
Também os casais que brigam pelas contas a pagar, pelo trabalho que possuem e por aquelas brigas bobas, de ciúmes e “birras“. 
Ou pela falta de respeito. Até os divorciados que apenas encontram-se para falar das finanças ou do filho.
Tantas pessoas querendo estarem próximas, felizes e
 não podem tanto por compromissos ou por proibições.
Os sentimentos de alegria e sofrimento estão dentro de nós, por tanto somente nós podemos mudar. Talvez o nobre casal de adolescentes não tenha forças para isso. Ou por estarem presos a uma faculdade ou por negação dos pais.
Mas gostaria que os pais, eles e todos aqueles que presenciaram o episódio reflitam mais sobre a vida, do que estamos fazendo com ela e com as pessoas que estão ao nosso redor.